PRÊMIO TOP BLOG 2013

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Nova forma de avaliação do Diabetes

Inovação na glicemia média ganha adeptos
Entrevista com Augusto Pimazoni Netto, da Unifesp

Uma nova forma de avaliar a glicemia média foi desenvolvida no Brasil pelo Grupo de Educação e Controle do Diabetes (GECD) do Hospital do Rim e Hipertensão da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e está obtendo sucesso na melhoria do controle de seus pacientes.
O médico Augusto Pimazoni Netto, coordenador do GECD e do Centro de Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, explica que o método permite avaliar a glicemia média semanal a partir dos resultados obtidos na automonitorização feita em casa pelo próprio paciente. As medições são realizadas em seis ou sete momentos diferentes do dia, durante pelo menos três dias. Os dados servem para o cálculo, em computador, da glicemia média do período e, também, da variação entre as taxas glicêmicas no intervalo observado.
Até agora, a forma de verificar a glicemia média do paciente estava restrita ao exame de hemoglobina glicada (A1C), que mede o comportamento glicêmico nos três meses anteriores à realização do exame, feito em laboratório. A A1C, entretanto, não permite verificar a variação glicêmica nesse período, ou seja, não dá ao médico dados para que ele perceba se o paciente está tendo grandes oscilações em sua glicemia.
"Estudos recentes confirmaram que não apenas o nível glicêmico, mas, também, as grandes oscilações dos níveis de glicemia podem atuar conjuntamente e favorecer ou acelerar o desenvolvimento de complicações", ensina Pimazoni, acrescentado que - para que o diabetes seja considerado bem controlado - a glicemia média semanal deve ser menor que 150 mg/dL e a variação entre os valores glicêmicos não deve ultrapassar 50 mg/dL.
Com a nova forma de acompanhamento, a grande vantagem é permitir ao médico adequar o tratamento semanalmente, de maneira que o paciente consiga melhor controle num prazo de tempo muito menor. Com o teste de A1C isoladamente, essa correção pode ser feita apenas a cada três ou quatro meses. Pimazoni ressalta ainda a importância do papel da equipe multiprofissional na implementação da abordagem diagnóstica, educacional e terapêutica para o sucesso do programa.
A eficiência da técnica está levando outras instituições a adotarem a fórmula, como é o caso do Centro de Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. No final do ano passado, o Congresso Brasileiro de Diabetes reconheceu os resultados obtidos no GECD com o prêmio Procópio do Valle 2009, como o melhor trabalho sobre educação e controle do diabetes apresentado no evento.

Meus comentários
Pois é, sempre digo aos meus pacientes que é de extrema importância evitar grandes oscilações nos níveis da glicemia, para isto é necessário manter horários regulares de no máximo tr~es horas de para se alimentar. Desta maneira, conseguimos evitar alterações na glicemia, evitar fome... porém precisamos saber o que escolher de alimento para estes intervalos!!! Daí a necessidade do acompanhamento nutricional personalizado.
Também sempre recomendo aos pacientes que, junto com o controle das glicemias diárias (realização da "ponta de dedo") façam o diário alimentar para se ter a possilibidade de avaliar alimento x glicemia.

Espero que esta novidade ajudem muita gente!
Grande abraço,
Viviane

Nenhum comentário:

Postar um comentário