Matéria publicada na Folha de SP - 21/08/12
Cada um no seu passo
Nos anos 70, Kenneth Cooper revolucionou o mundo esportivo dizendo que o meio-termo entre a caminhada e a corrida era o segredo da saúde. Na virada do século, todo mundo apertou o passo e passou a correr, literalmente, atrás da qualidade de vida. Agora, médicos pedem calma e indicam a caminhada como fonte da juventude.
Só que, atenção: caminhar é caminhar, não é passear.
O hábito de andar regularmente -e rapidamente- a seis quilômetros por hora está ligado à melhora na circulação sanguínea e nos níveis de colesterol, à prevenção de doenças cardíacas, diabetes e alergias e até à redução da incidência de alguns tipos de câncer, mostram pesquisas.
Mas muita gente pensa que andar é exercício para velhos, convalescentes. Não é. Assim como a corrida não é para todos e está longe de ser "democrática", como entusiastas gostam de repetir.
"Há preconceito em relação aos caminhantes, porque vivemos em um mundo no qual o desempenho é colocado acima até da saúde. Quem vive em um ritmo alucinado de treinos, sem acompanhamento, está sujeito a lesões inerentes à corrida, além de ficar estressado por carregar o peso de sempre estar no pico de sua performance. É desgastante", afirma José Rubens D'Elia, educador físico e fisiologista do exercício.
Andar é bom, correr também. Depende do objetivo e do praticante. Para quem quer sair do sedentarismo sem muitos sacrifícios, prevenir doenças e aproveitar o percurso, caminhar é ótimo.
Para colher benefícios, no entanto, o caminhante deve estar atento à intensidade do esforço. É preciso andar rápido, não vale bancar a tartaruga -tendência da maioria.
Pesquisa feita com caminhantes em três parques de São Paulo pelo Centro Universitário Ítalo-Brasileiro mostrou que a maior parte não empregava a força necessária para usufruir dos efeitos da caminhada.
O coordenador da pesquisa, Vitor Tessutti, lembra que a atividade será ineficaz se for feita a passos vagos. "Dessa forma será gerado um estímulo débil no organismo, que não causará adaptação muscular e cardiovascular e não melhorará o condicionamento", diz ele, formado em esportes e mestre em ciência da reabilitação pela USP.
Quem pretende alcançar condicionamento físico em um período mais curto vai preferir a corrida. Em relação à caminhada, porém, os riscos de lesão são maiores.
Pesquisa com 574 atletas, publicada no "British Journal of Sports Medicine" em 2007, mostrou que 92% dos corredores estavam machucados. Segundo Tessutti, o risco pode ser reduzido com acompanhamento e treino certo.
LESÃO E ALEGRIA
Correr, evidentemente, é mais eficaz e rápido para quem quer perder peso.
"Perdi os 30 quilos que ganhei na gravidez correndo. No começo, fazia esteira. Depois, fui para a rua e não parei mais", conta a produtora de moda Paula Narvaez, 29.
Ela sabe bem os males da atividade: "Correr dá barato, vicia, machuca, cedo ou tarde. Só que também traz alegria, deixa o corpo bonito, manda embora o estresse, une pessoas de todos os tipos e classes e isso atropela os contras da corrida, como bolhas nos pés, unhas que caem, mamilos machucados".
Mulheres que correm podem machucar não apenas os seios. De acordo com Paulo Zogaib, médico do esporte e fisiologista da Unifesp, há casos de incontinência urinária causados pelo impacto da corrida. "A uretra da mulher é muito menor que a do homem. Se há uma pressão aumentada na bexiga, esse órgão não consegue conter a urina", diz.
O PRÓXIMO PASSO
Em compensação, na corrida o praticante tem mais benefícios aeróbicos em menos tempo. Há quem diga até que a corrida é o passo seguinte à caminhada. "O melhor condicionamento físico e o trabalho mais forte dos membros superiores são as maiores vantagens da corrida", opina Marcos Paulo Reis, especialista em tirar sedentários do sofá e colocá-los para correr.
No entanto, o impacto de correr pode prejudicar as articulações. Para quem está acima do peso, as chances de lesão no aparelho locomotor são de 80%, conforme Reis.
"Eu era corredora, fazia provas de dez quilômetros. Hoje, caminho. Acho mais eficiente para manter meu peso e meu condicionamento", depõe a nutricionista Nicole Odenheimer Trevisan, 41.
Ela, que se diz perfeccionista, conta que quando corria se sentia obrigada a seguir planilhas e atingir metas. "Caminhando, me sinto liberta da pressão por resultados."
Foi caminhando que a treinadora e especialista em fisiologia do exercício Camila Hirsch completou, 15 anos atrás, a maratona de Nova York. Em um grupo de cinco pessoas, fez 42 quilômetros em 6 horas e 31 minutos (equivale a um ritmo de 6,9 quilômetros por hora na esteira).
"Três pessoas do grupo não podiam correr por questões de saúde, mas o resto caminhou por opção. Foi incrível. Cumprir caminhando uma prova cujo objetivo é correr foi uma adaptação e uma quebra de barreiras", diz.
Para a treinadora, os efeitos da caminhada "são exatamente os mesmos" da corrida. "O trabalho nos glúteos é até mais forte, porque as pisadas são de calcanhar e a sobrecarga fica mais concentrada na região do quadril."
O problema, diz Camila, é a monotonia. Geralmente, os caminhantes realizam a mesma carga de exercício. A saída é alternar dias de caminhadas mais aceleradas e outros com ritmo mais lento, alternando também lugares íngremes e regiões planas.
"A caminhada precisa ter esse tipo de renovação. Se não houver intensidade, o benefício de emagrecimento vai diminuir aos poucos, como também o ganho de massa muscular."
(ANA PAULA OLIVEIRA)
33 calorias - é quanto uma pessoa de 70 quilos gasta, em média, a cada quilômetro de caminhada a 6 km/h
72,5 calorias - é quanto uma pessoa de 70 quilos gasta a cada quilômetro de corrida a 10,6 km/h (média de um corredor)
Fonte: ACSM (Colégio Americano de Medicina do Esporte)
Meus Comentários
Esta aborda uma questão que muitos me perguntam, o que é melhor...correr ou caminhar???
Sempre digo que todo exercício físico, feito com prazer e objetivos, estão correto? Não existe o que é melhor....
O importante, além do exercício prazeros, é o acompanhamento correto, seja pelo educador físico e pela nutricionista!
A alimentação é fundamental para que faz algum exercício.
Se você quer emagrecer, é necessário o ajuste das calorias diárias, para que consiga gastar mais energia do que o que é consumido. Para isso um plano alimentar personalizado, incluindo as preferências alimentares e alimentos saudáveis, te ajudarão nos resultados.
Algumas dicas rápidas:
- Comer de 3 em 3 horas, pequenos lanches, ajudão a não sentir fome, manter o corpo em trabalho constante, e evita os "ataques".
- Antes do exercício é interessante que você coma um carboidrato, como por exemplo pão, cereal, torrada, frutas, claro, tudo dentro das quantidades ideais. Não é interessante realizar qualquer exercício em jejum.
- Se você realizou uma refeição principal completa (café da manhã, almoço ou jantar) até 2 ou 3 horas antes do exercício, não há necessidade de comer um lanche imediatamente antes.
- Exercícios com tempo superior a uma hora, pode ser necessário adequar a hidratação.
Agora lembre-se, estamos com o ar muito seco, hidrata-se bem, pois a desidratação pode complicar seus resultados! A desidratação nem sempre é percebida, e por isso pode ser perigosa.
Procure uma ajuda porfissional para te ajudar com seus objetivos!!!
Faça exercício físico! Faz bem para a saúde....para seu humor...para a VIDA!!!
Abraço
Viviane
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sexta-feira, 24 de agosto de 2012
terça-feira, 21 de agosto de 2012
Meeting Brasileiro de Nutrição
Um grande encontro de Nutrição Esportiva, trazendo atualidades na área!
Vale a pena conferir.... Importante oportunidades para os profissionais da área de nutrição e esporte.
Depois conto as novidades para os leitores....
Grande abraço,
Viviane
Vale a pena conferir.... Importante oportunidades para os profissionais da área de nutrição e esporte.
Depois conto as novidades para os leitores....
Grande abraço,
Viviane
sábado, 18 de agosto de 2012
Revista SBD Digital
Segue o link da revista da Sociedade Brasileira de Diabetes.
Leitura interessante, vale a pena!
Seja diagnostica ou não com diabetes, a leitura é importante para desmistificar informações... Acho que todos nós temos um familiar com diabetes....por isso, leitura para todos!!!
Revista SBD Digital
Grande abraço
Viviane
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
Dia Nacional de Controle do Colesterol
Hoje é dia de lembrar que o Colesterol deve ser controlado todos os dias
Controlar o diabetes não significa controlar apenas a glicose. É necessário também o controle dos chamados Fatores de Risco Cardiovascular como, Colesterol elevado, Pressão Alta, Obesidade, Vida Sedentária, Stress, Tabagismo e uso excessivo de bebidas alcoólicas. O diabetes por si é também um fator de risco cardiovascular e um pouco mais que isso, quem é portador de diabetes possui um risco cardiovascular equivalente a uma pessoa que já teve um infarto.
Dessa forma os fatores de risco cardiovascular devem ser rigidamente controlados em portadores de diabetes para evitar especialmente infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (derrame cerebral).
Hoje, dia 08 de agosto é o “Dia Nacional de Controle do Colesterol” e a data deve ser aproveitada para lembrar que o Colesterol no sangue deve ser controlado como forma de evitar as doenças cardiovasculares que são as principais causas de mortes e invalidez na atualidade em diabéticos e não diabéticos.
O controle do Colesterol requer o uso de alimentação saudável, atividade física regular e quando isso não for suficiente, usar um medicamento que reduza o valor no sangue do Colesterol. Numerosos estudos científicos mostram o grande beneficio desses medicamentos, conhecidos com o nome de estatinas.
Como dito anteriormente, quem é portador de diabetes, possui um risco cardiovascular igual a uma pessoa que já teve um infarto do miocárdio, necessitando fazer uso de Estatina. A melhor estatina e a dose, é recomendada pelo médico, porém é extremamente importante que a estatina seja ser usada de forma contínua, mesmo que os valores de Colesterol no sangue atinjam valores considerados ótimos.
Há três tipos de Colesterol no sangue: Colesterol Total, Colesterol HDL e Colesterol LDL.
Para portadores de diabetes em uso de estatinas os valores considerados ótimos são:
Colesterol total – menor que 200 mg/dl
Colesterol LDL - menor que 100 mg/dl. Em presença no entanto de doença do coração pode ser necessário um valor mais baixo de Colesterol LDL – menor que 70 mg/dl e até menor que 50 mg/dl
Colesterol HDL – maior que 40 mg/dl em homens e maior que 50 mg/dl em mulheres. O Colesterol HDL é considerado o Colesterol BOM, pois protege o coração e o cérebro.
Conclusões Importantes:
1. Colesterol elevado no sangue é causa de doença cardiovascular em diabéticos e não diabéticos e deve ser controlado.
2. Portadores de diabetes possuem um risco cardiovascular equivalente ao de uma pessoa que já teve um infarto e devem sob orientação médica, usar uma Estatina; um medicamento para reduzir o Colesterol no sangue.
3. O uso da Estatina não pode ser interrompido.
4. Além do controle da glicose e do colesterol é necessário também controlar os outros fatores de risco: Pressão Alta, Obesidade, Stress, Tabagismo e Excessivo consumo de bebidas alcoólicas.
5. Um exame cardiológico deve ser realizado anualmente ou mais vezes quanto necessário.
Esta matéria foi publicada no sie d Sociedade Brasileira de Diabetes. Apoio os comentários e em especial a primeira frase: "Hoje é dia de lembrar que o Colesterol deve ser controlado todos os dias". Concordo plenamente, e sempre digo que quem tem diabetes ou qualquer alteração de colesterol, deve seguir uma alimentação que na verdade é recomendada para todos as pessoas, independente do diagnóstico, e não pensar que deve seguir uma alimentação restrita e monótona!!!
Vamos cuidar do nosso coração!!!!
Grande abraço!
Viviane
Controlar o diabetes não significa controlar apenas a glicose. É necessário também o controle dos chamados Fatores de Risco Cardiovascular como, Colesterol elevado, Pressão Alta, Obesidade, Vida Sedentária, Stress, Tabagismo e uso excessivo de bebidas alcoólicas. O diabetes por si é também um fator de risco cardiovascular e um pouco mais que isso, quem é portador de diabetes possui um risco cardiovascular equivalente a uma pessoa que já teve um infarto.
Dessa forma os fatores de risco cardiovascular devem ser rigidamente controlados em portadores de diabetes para evitar especialmente infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (derrame cerebral).
Hoje, dia 08 de agosto é o “Dia Nacional de Controle do Colesterol” e a data deve ser aproveitada para lembrar que o Colesterol no sangue deve ser controlado como forma de evitar as doenças cardiovasculares que são as principais causas de mortes e invalidez na atualidade em diabéticos e não diabéticos.
O controle do Colesterol requer o uso de alimentação saudável, atividade física regular e quando isso não for suficiente, usar um medicamento que reduza o valor no sangue do Colesterol. Numerosos estudos científicos mostram o grande beneficio desses medicamentos, conhecidos com o nome de estatinas.
Como dito anteriormente, quem é portador de diabetes, possui um risco cardiovascular igual a uma pessoa que já teve um infarto do miocárdio, necessitando fazer uso de Estatina. A melhor estatina e a dose, é recomendada pelo médico, porém é extremamente importante que a estatina seja ser usada de forma contínua, mesmo que os valores de Colesterol no sangue atinjam valores considerados ótimos.
Há três tipos de Colesterol no sangue: Colesterol Total, Colesterol HDL e Colesterol LDL.
Para portadores de diabetes em uso de estatinas os valores considerados ótimos são:
Colesterol total – menor que 200 mg/dl
Colesterol LDL - menor que 100 mg/dl. Em presença no entanto de doença do coração pode ser necessário um valor mais baixo de Colesterol LDL – menor que 70 mg/dl e até menor que 50 mg/dl
Colesterol HDL – maior que 40 mg/dl em homens e maior que 50 mg/dl em mulheres. O Colesterol HDL é considerado o Colesterol BOM, pois protege o coração e o cérebro.
Conclusões Importantes:
1. Colesterol elevado no sangue é causa de doença cardiovascular em diabéticos e não diabéticos e deve ser controlado.
2. Portadores de diabetes possuem um risco cardiovascular equivalente ao de uma pessoa que já teve um infarto e devem sob orientação médica, usar uma Estatina; um medicamento para reduzir o Colesterol no sangue.
3. O uso da Estatina não pode ser interrompido.
4. Além do controle da glicose e do colesterol é necessário também controlar os outros fatores de risco: Pressão Alta, Obesidade, Stress, Tabagismo e Excessivo consumo de bebidas alcoólicas.
5. Um exame cardiológico deve ser realizado anualmente ou mais vezes quanto necessário.
Esta matéria foi publicada no sie d Sociedade Brasileira de Diabetes. Apoio os comentários e em especial a primeira frase: "Hoje é dia de lembrar que o Colesterol deve ser controlado todos os dias". Concordo plenamente, e sempre digo que quem tem diabetes ou qualquer alteração de colesterol, deve seguir uma alimentação que na verdade é recomendada para todos as pessoas, independente do diagnóstico, e não pensar que deve seguir uma alimentação restrita e monótona!!!
Vamos cuidar do nosso coração!!!!
Grande abraço!
Viviane
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