Esta matéria foi publicada pela BBC Brasil. Mais uma vez a alimentação colaborando para nosso bem estar!
Dieta mediterrânea
Rica em ácidos graxos monoinsaturados como o azeite de oliva
Consumo moderado de álcool e laticínios
Baixo consumo de carne vermelha
Alto consumo de legumes, verduras, frutas, castanhas, cereais e peixe
A dieta mediterrânea - que, acredita-se, protege contra doenças cardíacas e o câncer - pode ajudar também a prevenir a depressão, indica um estudo feito por pesquisadores espanhóis.
A dieta se baseia em alimentos que tradicionalmente são consumidos nas cidades às margens do Mar Mediterrâneo, daí o seu nome. Ela inclui grãos integrais, hortaliças, oleaginosas, azeitonas, azeite de oliva extra virgem e menos carnes vermelhas, que são substituídas pelo consumo de peixe.
Os cientistas espanhóis constataram na pesquisa que pessoas que seguem essa dieta têm 30% menos chances de desenvolver depressão.
A equipe, das Universidades de Las Palmas e Navarra, monitorou 10.094 adultos saudáveis durante quatro anos e publicou seu estudo na revista científica Journal of the American Medical Association.
Padrões Alimentares
A equipe recrutou estudantes universitários e pediu que eles preenchessem questionários com informações sobre seus hábitos alimentares.
Com base nas informações, os pesquisadores calcularam a adesão dos participantes à dieta mediterrânea durante um período de, em média, 4,5 anos.
Os que apresentaram maiores índices de adesão à dieta tendiam a ser homens, ex-fumantes, casados e mais velhos.
Eles também eram mais ativos fisicamente e apresentavam um consumo total de energia mais elevado.
Os pesquisadores identificaram 480 novos casos de depressão durante o período em que monitoraram os participantes - 156 nos homens e 324 nas mulheres.
O estudo concluiu que os que apresentavam maior adesão à dieta tinham 30% menos probabilidade de ter depressão.
O estado civil, o número de filhos e outros indicadores associados a estilos de vida saudáveis também foram considerados pelos pesquisadores ao se calcular a probabilidade de desenvolver a desordem.
Mais Pesquisas
O pesquisador Miguel Martinez-Gonzalez, da Universidade de Navarra, disse que os resultados terão de ser confirmados em estudos mais longos e com mais participantes, mas acrescentou que o atual estudo encontrou uma forte associação inversa entre a dieta mediterrânea e depressão.
"Trinta por cento é uma redução grande no risco e isso poderia ser muito importante considerando-se quão sérias são as consequências de uma depressão." Gonzalez disse ainda que é provável que a dieta de maneira geral seja mais importante do que o efeito de componentes individuais.
A psicóloga clínica Cecilia D'Felice disse que há cada vez mais evidências de que a dieta é importante no tratamento da depressão. Ela disse: "O que nós sabemos é que uma dieta rica em azeite de oliva aumenta a quantidade disponível de serotonina". "A maioria dos antidepressivos trabalha para manter mais serotonina no cérebro."
Matéria publicada pela BBC Brasil
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